O
flumazenil é um antagonista competitivo específico dos
benzodiazepínicos capaz de promover a reversão total ou parcial de seus efeitos
sedativos centrais. É utilizado principalmente para reverter anestesias de
curta duração. Seu uso no contexto de overdose
é controverso pelo risco de precipitação de crises convulsivas e de síndrome
de abstinência em pacientes com uso crônico abusivo do hipnótico.
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quarta-feira, 15 de julho de 2015
terça-feira, 2 de junho de 2015
Albumina: há evidências?
A albumina é a proteína circulante mais abundante do plasma. Ela é responsável pela regulação da pressão oncótica plasmática, além de outras propriedades não-oncóticas, como ligação e transporte de ínumeras substâncias, imunomodulação, função antioxidante e antiinflamatória. A diminuição do seu nível sérico circulante é comum em estados inflamatórios agudos e crônicos devido, entre outros fatores, a diminuição de sua produção para síntese de proteínas inflamatórias e ao escape do intravascular pela perda da integridade endotelial. A relação entre hipoalbuminemia com piores desfechos contribuiu para a ampla utilização da terapia com albumina, além do seu uso como expansor plasmático desde a II Guerra Mundial. Existem evidências, entretanto, para seu uso?
Trabalhos publicados desde a década de 70 tentaram elucidar o assunto, porém com resultados conflitantes. Alguns mostraram benefício na sua utilização, especialmente pelos efeitos antiinflamatórios e imunomoduladores. Porém, estudos maiores com desenhos de melhor validade externa foram surgindo ao longo dos últimos anos. Para citar alguns importantes em terapia intensiva, o estudo SAFE, publicado em 2004, examinou a ressuscitação com albumina (versus cristaloíde) e não mostrou benefício na mortalidade em 28 dias. O estudo italiano ALBIOS, de 2014, utilizou a reposição diária de albumina, quando em baixo nível sérico, em pacientes com sepse grave ou choque séptico e também não mostrou benefício em mortalidade e outros desfechos clínicos. Duas grandes meta-análises do ano passado também não mostraram benefícios no uso da albumina como expansor plasmático quando comparado com cristalóides. Já em relação a hipoalbuminemia, os estudos são claros em relacionar o baixo nível sérico como fator de risco independente para desfechos negativos mas não há benefício na terapia com albumina para mudança destes desfechos. Outros cenários onde faltam evidências são: grande queimado, pancreatite, trauma, cirurgias e desnutrição.
Mas então onde há indicação de albumina? Em hepatologia. Vários trabalhos mostram benefício e guidelines internacionais a recomendam como primeira linha para o paciente hepatopata em três situações: síndrome hepatorrenal, peritonite bacteriana espontânea e reposição em grandes paracenteses.
Portanto, apesar da sua ampla utilização, não há evidência suficiente para a administração de albumina de maneira geral para o paciente crítico, especialmente na ressuscitação volêmica e para hipoalbuminemia. Seu uso deve ser limitado a um grupo específico de pacientes onde há benefício até que futuros ensaios clínicos randomizados possam estender suas indicações.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Naloxona: um guia prático para dúvidas frequentes

A
naloxona é um antagonista específico dos receptores opióides no sistema nervoso
central, apresentando maior afinidade com os receptores µ e menor com os κ e δ.
Seu principal objetivo visa restabelecer a ventilação espontânea em pacientes intoxicados
por opióides. O fármaco também pode reverter o efeito analgésico e os efeitos
tóxicos cardiovasculares, pode restabelecer o nível de consciência, normalizar
o tamanho das pupilas e a atividade intestinal (1). O uso da medicação para a
reversão de efeitos colaterais, como prurido e náusea, ainda é considerada off-label (2), apesar de já demostrada
em alguns estudos (3-5).
domingo, 10 de maio de 2015
Cloridrato de Dexmedetomidina: você conhece este fármaco?
Cloridrato de dexmedetomidina, comercialmente conhecido como Precedex®, é um fármaco que atua no sistema nervoso central e apresenta uma gama
variada de propriedades farmacológicas, de tal forma que, atualmente, vem
ganhando espaço no cenário da terapia intensiva.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Protamina: guia prático para as duvidas frequentes
A
protamina é a medicação usada para reversão do efeito da heparina. Inicialmente
foi obtida através do esperma do salmão e hoje é produzida por técnicas de
biotecnologia recombinante. Sua ação se
dá pela ligação e inativação da molécula de heparina. Esta ligação se dá em uma
proporção de 1:1. Assim, como cada 1 mg tem 100 unidades de protamina, 1 mg da
protamina é capaz de inativar 100 UI em média de heparina...
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