Caros
amigos, saudações intensivas, estamos entrando em uma nova era na Medicina
Intensiva. Nos primórdios do tratamento
dos pacientes graves, a meta era sobreviver à fase aguda da doença. Com o avançar do tempo, dos conhecimentos e tecnologias aplicadas no
tratamento destes pacientes,
reformulamos nossas metas e, ultimamente, temos nos preocupado mais com
o que acontece aos nossos pacientes em fases posteriores à internação na UTI.
Agora, compreendemos que o desfecho de uma doença grave não é tão binário como
alta ou óbito. Muito além disto, ...
deve levar em conta a capacidade da pessoa de
realmente retomar sua vida mantendo a mesma ou alguma qualidade. O conceito de PICS (Post Intensive Care
Syndrome) é cada vez mais presente na literatura científica e em um futuro
próximo modificará muito a maneira como conduzimos nossos pacientes. Uma das
características mais marcantes da PICS é a disfunção cognitiva. Muitos já vimos pacientes que após a alta da
UTI não conseguem retomar atividades cognitivas corriqueiras exercidas antes da
internação. Alguns estudos têm relacionado a ocorrência desta disfunção
cognitiva à ocorrência de delirium, porém
uma nova evidência indica que isto vai muito além, e mesmo pacientes que não
cursam com delirium ou pacientes com menor gravidade (menor escores de
gravidade e disfunção orgânica) estão sujeitos a disfunção cognitiva que
persistirá por um longo período após a internação. Está prestes a ser publicado em revista
científica de impacto internacional um estudo brasileiro que evidenciou fatos
novos e marcantes sobre o tema. Muito breve
teremos mais noticias.
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