O estado de mal epiléptico super refratário é definido como estado de mal epiléptico que continua ou se repete por 24 h ou mais após o início da terapia anestésica, incluindo os casos em que é recorrente na redução ou retirada da terapia anestésica (Figura 1). Apesar de pouco frequente (~ 15 - 20% dos casos de estados de mal), tem relevância clínica pois determina elevada morbidade e mortalidade. Não existem estudos randomizados ou controlados específicos, sendo parte da terapia baseada no conhecimento clínico da patologia por especialistas...
Identificar a etiologia é fundamental na estratégia terapeutica. Geralmente ocorre como evento secundário a um insulto cerebral grave (por exemplo, trauma, infecção e acidente vascular cerebral), e a causa é facilmente perceptível a partir da história e de neuroimagem. Causas menos comuns em geral se enquadram em uma das cinco categorias: doenças imunológicas; doenças mitocondriais; incomum doenças infecciosas, drogas ou toxinas ; e raras doenças genéticas.
O tratamento adequado inclui a monitoração contínua com eletroencefalografia, possibilitando medidas em momentos adequados, sem atrasos terapeuticos ou uso abusivo de anestésicos. Grande parte dos pacientes requer monitoração hemodinamica invasiva e suporte com vasopressores, especialmente como efeitos secundários as drogas sedativas em titulações elevadas.
A terapeutica medicamentosa para o estado de mal segue a rotina proposta na figura 1. Os anestésicos principais empregados nesse contexto são detalhados na figura 2.
Figura 2. Agentes anestésicos principais |
Diante da refratariedade já com terapia anestésica otimizada, associada aos demais anticonvulsivantes a literatura atual sugere algumas terapeuticas alternativas que podem ser emrpegadas como expostas nas figura 3 e 4.
Figura 3. Sugestão terapêutica para estado de mal super refratário |
Figura 4. Alternativas terapêuticas sugeridas no contexto de super refratariedade |
Os artigos referenciados abordam de maneira interessante o assunto, com detalhes específicos para cada terapeutica alternativa citada.
Referências:
1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21914716
2. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1528-1167.2011.03238.x/pdf
3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2944658/?tool=pmcentrez
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