sábado, 17 de setembro de 2016

O ILAS divulga protocolos para o manejo da sepse pediátrica


A sepse é um problema grave que leva muitos de nossos pacientes ao óbito e dentre as ferramentas disponíveis para vencer essa luta estão o reconhecimento precoce, além do manejo adequado e de forma rápida.

Esta semana o Instituto Latino Americano (ILAS) de Sepse divulgou alguns protocolos e ferramentas para o manejo da SEPSE na população pediátrica. As orientações foram baseados nas recomendações internacionais vigentes (Surviving Sepsis Campaign , American College of Critical Care Medicine2 e as definições para sepse da Society of Critical Care Medicine e da World Federation of Pediatric Intensive and Critical Care Societies) e foram mantidas as denominações sepse e sepse grave, já que ainda não existem modificação das definições para esta população.

Dentre as orientações para crianças com sepse grave e/ou choque séptico:

Pacote da 1ª hora:
- Oxigenação (Sat > 92%), 
- Monitorização e acesso venoso, 
- Antibioticoterapia, 
- Coleta de exames (Kit sepse: gasometria e lactato arterial, hemograma completo, hemocultura, bilirrubina, creatinina e coagulograma + culturas de sítios pertinentes)
- Ressuscitação fluídica, 
- Correção de distúrbios metabólicos e eletrolíticos (atenção principal a hipoglicemia e hipocalcemia), 
- Inotrópico ou vasopressor nas crianças com choque refratário a fluidos (de acordo com o perfil hemodinâmico do choque).

Pacote após 1ª hora:
- Nas crianças com choque resistente a catecolaminas, indicado internação em UTI pediátrica e monitorização da pressão venosa central, pressão arterial invasiva, saturação venosa central, pressão de perfusão e ecocardiografia funcional. 
- Continuar reposição volêmica, orientado pelo exame clínico e outras monitorizações minimamente invasiva, visando atingir o alvo terapêutico. 
- Avaliar uso de inotrópicos, vasopressores e vasodilatadores. 
- Rever possibilidade de outras causas de instabilidade hemodinâmica, como derrame pericárdico, pneumotórax, insuficiência adrenal, hipotireoidismo, hemorragia, aumento da pressão intra-abdominal, presença de tecido necrótico, ausência de controle do foco, uso de imunossupressores ou comprometimento imunológico.


A população pediátrica se aplica a faixa etária de 1 mês até 18 anos e cada instituição deve definir se o tratamento de adolescentes segue o protocolo pediátrico ou o de adultos.

Mesmo se tratando do manejo em pacientes pediátricos, a sepse pode ocorrer em todos os setores do hospital e é extremamente importante que todos os profissionais de saúde estejam preparados para o manejo destes pacientes.  

Vale a pena conferir o material completo disponível no site do ILAS:

http://www.ilas.org.br/materiais-pediatria.php

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