A
sepse é um problema grave que leva muitos de nossos pacientes ao óbito e dentre
as ferramentas disponíveis para vencer essa luta estão o reconhecimento precoce,
além do manejo adequado e de forma rápida.
Esta
semana o Instituto Latino Americano (ILAS) de Sepse divulgou alguns protocolos e
ferramentas para o manejo da SEPSE na população pediátrica. As orientações foram
baseados nas recomendações internacionais vigentes (Surviving Sepsis Campaign , American College of Critical Care Medicine2
e as definições para sepse da Society of Critical Care Medicine e da World
Federation of Pediatric Intensive and Critical Care Societies) e foram
mantidas as denominações sepse e sepse grave, já que ainda não existem modificação
das definições para esta população.
Dentre
as orientações para crianças com sepse grave e/ou choque séptico:
Pacote da 1ª hora:
- Oxigenação
(Sat > 92%),
- Monitorização e acesso venoso,
- Antibioticoterapia,
- Coleta de
exames (Kit sepse: gasometria e lactato arterial,
hemograma completo, hemocultura, bilirrubina, creatinina e coagulograma + culturas
de sítios pertinentes),
- Ressuscitação fluídica,
- Correção de distúrbios
metabólicos e eletrolíticos (atenção principal a hipoglicemia e hipocalcemia),
- Inotrópico ou vasopressor nas crianças com choque refratário a fluidos (de
acordo com o perfil hemodinâmico do choque).
Pacote após 1ª hora:
- Nas
crianças com choque resistente a catecolaminas, indicado internação em UTI
pediátrica e monitorização da pressão venosa central, pressão arterial invasiva,
saturação venosa central, pressão de perfusão e ecocardiografia funcional.
- Continuar reposição volêmica, orientado pelo exame clínico e outras
monitorizações minimamente invasiva, visando atingir o alvo terapêutico.
- Avaliar
uso de inotrópicos, vasopressores e vasodilatadores.
- Rever possibilidade de
outras causas de instabilidade hemodinâmica, como derrame
pericárdico, pneumotórax, insuficiência adrenal, hipotireoidismo, hemorragia,
aumento da pressão intra-abdominal, presença de tecido necrótico, ausência de
controle do foco, uso de imunossupressores ou comprometimento imunológico.
A população
pediátrica se aplica a faixa etária de 1 mês até 18 anos e cada instituição
deve definir se o tratamento de adolescentes segue o protocolo pediátrico ou o
de adultos.
Mesmo
se tratando do manejo em pacientes pediátricos, a sepse pode ocorrer em todos
os setores do hospital e é extremamente importante que todos os profissionais
de saúde estejam preparados para o manejo destes pacientes.
Vale
a pena conferir o material completo disponível no site do ILAS:
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